sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

"DEIXANDO PRA TRÁS"



Eu conheci uma pessoa que me ensinou algumas coisas, ele não vai me marcar para o resto da vida, mas pelo menos no ano de 2011 posso dizer que ele fez uma boa ação. A gente já se conhecia, mas só o conheci de fato em 2011, que foi quando nos envolvemos...  


Foi um pouco engraçado, porque eu não tinha noção do quanto era legal o velho jogo da sedução: os dois se querem, mas relutam em não se querer. No nosso caso não foi diferente. E de uma maneira bem engraçada e legal a nossa história foi se construindo.


No início eu tinha medo de ficar sozinha com ele, porque eu sentia um tremor, um medo e ao mesmo tempo uma vontade inenarrável de beijá-lo. Sentia-me uma adolescente. Ele com toda a sua experiência, conseguia captar tudo isso e usava desse artifício para se aproximar. E como eu gostava quando ele fazia isso. Adorava a respiração forte e a barba que ele deixava por fazer. Naquela época eu adorava o cheiro dele, não sei descrever, era um cheiro que eu nunca tinha sentido antes, eu descrevia como um “cheiro de homem”, um cheiro que só eu sentia, era um cheiro da pele dele. Hoje eu não sinto mais...


De uma maneira triste, hoje, eu o descreveria como uma pessoa que não luta pela própria vida, ele não luta para ter uma vida FELIZ, não pede ajuda e tem medo de expressar algumas coisas que sente. Vejo tristeza no seu olhar, vejo muita dúvida, vejo também uma pessoa que estuda muito não porque isso o satisfaz, mas porque ele tem uma necessidade de provar as pessoas que sabe, como se aquilo significasse não perder o espaço que ele tem. Você não consegue senti-lo como pessoa, porque ele se fecha muito para não demonstrar as fraquezas e me arrependo de ter lhe dito "obrigada por não ser igual a essas pessoas", na verdade ele se mostrou bem pior que todas elas juntas.


Mas comigo ele não era assim, não porque eu era especial, mas porque era simplesmente muito bom. Eu nunca vou esquecer que em meus braços ele era outra pessoa, uma mais segura de si, mais forte, que estava vivendo aquele momento intensamente. O seu jeito de olhar e de me beijar simplesmente fazia o meu tempo parar, porque aquele momento era só nosso. Eu conheci uma pessoa mais carinhosa, que gostava de falar de sua vida e como falava de uma maneira apaixonada. Percebi que ele é uma pessoa detalhista e que sim, para ele, os detalhes fazem muita diferença.


Falar dele é fazer um desabafo de que às vezes você vai se envolver com alguém, vocês terão uma sintonia maravilhosa, mas vocês não ficarão juntos, ele não te completará e suas vidas seguirão em caminhos totalmente opostos, porque o período de vocês juntos já terminou. É como a frase que eu nunca me esqueci daquele filme “terapia do amor”, “às vezes você ama uma pessoa e segue”, ou seja, não é porque você amou que vai passar a vida toda com aquela pessoa, vocês simplesmente descobrirão que não são tão compatíveis quando pensavam que poderiam ser.


No meu caso não foi o amor que definiu nada para nós, poderia se tornar, mas desde o início não foi nosso objetivo, ele não existiu, foi a questão de que eu me envolvi e passei a confiar nele, porque eu estava começando a tê-lo como uma pessoa muito querida, um amigo, entretanto,  ele simplesmente jogou tudo isso no lixo quando não foi homem suficiente para me falar que eu corria perigo e me deixar a par de algumas situações que eu nem sonhava estarem acontecendo, para piorar tudo ele criou uma situação e resolveu que ficaria com raiva e simplesmente deixou de falar comigo.


Talvez você me pergunte por que eu coloquei no início do post que ele me ensinou algo, mas seria injusto da minha parte não colocar que ele me ensinou que algumas pessoas irão conviver com você e dividir muitas coisas, mas que elas nunca se tornarão suas amigas de verdade, porque elas se fecharam para um mundo que é somente delas e esse mundo está cheio demais para que você penetre nele.


Um dia eu pensei que poderia sim “salvar” muitas pessoas, mas eu aprendi com o tempo de que as pessoas também precisam querer ser salvas. Algumas pessoas já estão tão acomodadas com aquela vida que elas não conseguem enxergar o que realmente a fez parar de sonhar. Deixa-me muito triste saber que alguém não tem sonhos.


Ele nunca vai saber que eu escrevi isso, infelizmente eu sinto que não vale a pena dizer, mas eu realmente gostaria de ter virado sua amiga, porque eu gostaria que ele soubesse que eu sempre estaria lá para ele, gostaria que ele soubesse que eu falava "obrigada" quando ele me deixava em casa porque tinha sido muito agradável ter estado ao seu lado, que me agradava muito escutar que a música do R.E.M. “Losing my Religion” fazia lembrar suas aulas de inglês e que ele nunca viu o clipe dessa música, por isso, para finalizar, deixo o clipe abaixo para quem quiser ver.


Agora eu deixei tudo para trás para seguir em frente, porque você só segue com o que realmente vale a pena seguir. O meu ano seguinte sempre será melhor que o anterior, eu tenho fé nisso, FELIZ 2012!