Todos
têm alguma coisa que queriam se livrar. É uma palavra forte, LIVRAR. Dá a
entender que é algo que está te mantendo preso... E eu vejo exatamente dessa
forma.
Às
vezes a pessoa que está “presa” não percebe que está, mas a situação te leva a
ficar eternamente dependente disso. É como se você virasse um robô, tem dia, hora
e local pra falar, saber agir e como fazer para não causar desconforto.
Em
um determinado momento você se perde e não entende porque escuta aquilo, porque
está sorrindo e porque aguenta tudo calado, sem manifestar qualquer opinião,
por menor que ela seja expressando o ponto de vista. Eu chamo esses “pequenos”
problemas de “monstros do cotidiano”. Coloquei pequenos entre aspas porque ele
é realmente pequeno, quando você tem o chamado “jogo de cintura”, mas quando
não tem, o seu problema se torna bem grande e afeta a sua personalidade.
No
final, achei que afetar a personalidade era uma condição em que todos se
encontravam porque tinham que “agradar” para obter as coisas mais a frente...
ERRADO. No
meio que me encontrava isso se chama FALTA DE CARÁTER. Porque quando além de
você agradar, tem que falar mal dos outros pelas costas e acima de tudo inventar
coisas que não existem... é realmente degradante.
Por
um tempo eu convivi separando as pessoas dizendo que as que não faziam nada,
tipo as que ficavam de “fora”, caladas, que procuravam não saber das coisas pra
não se envolver, eram de um “grupo”. Já as que participavam de toda “sujeira”
eram de outro... MAIS UM ERRO.
Na
verdade todos os dois grupos são um só. E o grupo que fica de “fora”, acredito
eu, pior que o último. Porque quando não se manifestam, então você passa a
acreditar que pode contar com o apoio delas, porque elas se “montam” de um
jeito meigo e doce. Mas não demora muito para se mostrarem de verdade,
preferindo sempre o “lado mais forte”. Tudo se conclui quando surge a
turbulência.
Estranho
refletir sobre isso e ter a sensação de leveza. Antes eu imaginava essa
situação, mas não me sentia bem, porque eu estava no meio das pessoas, então
isso me levava a um desespero. Hoje já me sinto bem, sabendo que eu tenho
condições de fazer o que eu quiser, porque eu POSSO.
Algumas
pessoas com quem convivi nunca sairão do meio em que se encontram. Umas por que
não sabem e nunca vão saber o que estão fazendo, outras são inseguras demais
para arriscar em si mesmas e algumas deixando que outras decidam o que elas têm
que fazer e como devem fazer.
Eu
aprendi uma coisa há seis anos: “Ganha mais quem tem mais conhecimentos para
oferecer”. Então não se esconda atrás de papéis, atrás dos seus “monstros”
porque um dia a VIDA te colocará a prova, a partir desse momento você verá que somente
duas opções restarão: Ou você enfrenta o “monstro” de uma vez ou você adia para
enfrenta-lo mais tarde. Sempre certo que se optar por não enfrentá-lo, ele
voltará. E voltará cada vez mais forte.
E
não espere envelhecer para enfrentá-los, acreditando que precisa de sabedoria. Adquira
o seu conhecimento na juventude e aprenda que com o passar dos anos você vai
precisar de outras formas de conhecimento, porque os que você adquiriu no
passado apenas estarão se tornando cada vez mais maduros.
Enfrente
seus monstros, não espere ninguém matá-los pra você.
Um
beijo e um cheiro meus queridos!